Muito se conhece e se lê a respeito da importância de um processo seletivo de qualidade desde a Revolução Industrial. Porém, a forma, o método e as técnicas usadas para este processo que ocorre no dia-a-dia dos times de Recursos Humanos e de Gestão de Pessoas, vem sofrendo importantes e necessárias mudanças.

Não apenas no que diz respeito a estrutura das entrevistas, testes que podem ser aplicados, e uso da tecnologia para a modernização, agilidade e assertividade dos processos.

As mudanças começaram a acontecer drasticamente devido a transformação da lógica de poder, da inversão geral nas relações e da ampliação de opções que a internet trouxe para os candidatos.

Além disso, as necessidades dos jovens ao buscar uma oportunidade de estágio também mudaram nos últimos anos.

O que antes era fundamental, como alguma garantia de efetivação, o valor da bolsa de estágio e a clareza de um plano de carreira, e da permanência na empresa, hoje foi substituído pela busca por um espaço de desenvolvimento, de real identificação com os valores da empresa, com a possibilidade de sentir-se parte e valioso através da participação em construções significativas dentro da Organização.

A Estagiar, compreendendo o seu lugar central entre empresas e jovens, foi transformando o jeito de se comunicar com os dois públicos, para ajudar a minimizar a distância entre eles e para trazer coerência nos processos seletivos.

No momento em que a escolha para uma oportunidade deixou de ser unilateral (onde empresa divulga sua vaga, recebe candidaturas, e escolhe quem é o melhor para ocupar este lugar), e passou a ser bilateral (onde além da empresa, o jovem avalia os pontos fundamentais para a sua experiência de estágio), a Estagiar também mudou o seu jeito de fazer, e de existir.

Desta forma, começamos uma nova fase da Estagiar neste subsistema de Recrutamento e Seleção. Implementamos um conjunto de pequenas mudanças que, juntas, tem grande potencial de melhorar o processo:

▪ Muito além do currículo.

Passamos a avaliar o jovem para muito além do seu currículo, e sim pela sua essência, história, capacidade crítica, suas características comportamentais, as conhecidas soft skills.

▪ Pessoas primeiro, vagas depois.

Além disso, a inversão da lógica se deu através da ordem dos nossos processos: não precisamos de uma vaga divulgada, para então conhecer os candidatos. A gente começa o processo conhecendo os jovens.

▪ Processo seletivo educativo.

Mais do que conhecê-los, queremos prepará-los. Desenvolvemos o jovem através de uma trilha de capacitação e feedbacks, auxiliando no processo de autoconhecimento.

Assim, no momento em que surgirem oportunidades que lhe interessem e se identifiquem, eles se sintam mais capazes, mais prontos para falarem de si, contarem a sua história com propriedade, dando foco em suas capacidades e potenciais, e consequentemente, conquistando a vaga por eles almejadas.

É assim que a Estagiar faz parte dessa transformação, do novo momento do mercado, da sociedade e da real importância que os jovens tem para o futuro das empresas e do mundo.

O nosso papel e o nosso propósito é contribuir para que o jovem tenha voz e seja protagonista das suas escolhas e das suas possibilidade de carreira.

Luisa Fischer

Psicóloga, diretora da Estagiar, pós graduada em gestão de rh, lutando por relações mais justas e significativas de trabalho. Por escolhas com afeto. “E se fôssemos mais humanos e menos recursos?