Conselhos que eu me daria no passado.
Falar com a gente mesma do passado pode parecer, por vezes, desafiador. O decorrer dos anos e da vida em si no dá a oportunidade de enxergar nossas escolhas e nosso caminho com um olhar mais amadurecido, que pode nos fazer pensar que não cometeríamos hoje os mesmos erros do passado. Talvez isso seja verdade, ou então, justamente o fato de termos errado e aprendido no passado, nos oportunize o amadurecimento e a capacidade de fazer escolhas errando menos (ou não).
Para mim os estágios foram sempre sobre isso. Sobre assumir minha condição de aprendiz (que eu luto constantemente pra nunca perder), e experimentar formas diferentes de ser eu no mundo e nas empresas pelas quais passei.
O primeiro conselho que eu me daria teria a ver com calma… Não no sentido de me tornar uma pessoa passiva (que eu nunca conseguiria ser), mas sim no entendimento de que as coisas têm um tempo e esse tempo faz parte do processo. Não ficar tão ansiosa pra descobrir o que estava por vir, teria me possibilitado apreciar mais o caminho e sofrer menos com a falta de controle que temos sobre a vida.
Eu também me falaria sobre confiar um pouco mais em mim mesma. Confiar nas minhas horas de estudo, nas minhas relações e na minha capacidade de estabelecer e manter vínculos, na minha forma profunda de sentir e viver as coisas. Grande parte do que eu alcancei na vida, teve a ver com esse jeito de me colocar, sem economizar investimento, sem me esconder ou me esquivar de responsabilidades por ser a estagiária (ou a bolsista de pesquisa, ou a observadora, ou qualquer posição que seja destinada ao aprendizado).
Por fim, eu me diria pra não temer os meus fracassos. Aprender a errar e não se desmontar no erro é um grande e valioso exercício. Encarar o erro como parte do processo, diminui nosso tempo de resposta a ele e aumenta muito a eficácia das soluções. Eu sempre fui muito preocupada em acertar e isso, ironicamente, nunca me impediu de errar. Talvez hoje eu consiga olhar com mais gentileza pras minhas falhas (e, consequentemente pras falhas alheias), mas durante o início da minha formação, a sensação de estar errando me tirava do prumo e me deixava por vezes sem condições de pensar sobre e evoluir a partir disso.
O maior conselho de todos talvez seja se conectar sempre ao máximo com a experiência de estar viva. Minha história foi assim e segue em construção a partir desses aprendizados, mas existem infinitas formas de se construir uma carreira e um projeto de vida. Esse é um processo dinâmico, empolgante e, muitas vezes assustador. Mas é a experiência que nos mantém em contato com quem somos e com quem queremos ser (e deixar de ser também). O conselho que eu sigo me dando hoje é esse, pra que eu não me perca de vista enquanto não chega o futuro.
Uma empresa feita de jovens para jovens. Feita de erros e acertos, e de uma vontade gigante de melhorar e desenvolver a relação das pessoas com o trabalho, com elas mesmas e suas carreiras. Acreditamos, acima de tudo, na força dos começos. <3
- Posted by Estagiar
- On 25/03/2022
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