Dicas de Storytelling
Storytelling – do inglês, contar história – é a arte de contar a tua história de forma criativa e inspiradora, gerando o tão famigerado conceito de “candidato que se a empresa não contratar, a gente contrata”. Gerar conteúdo de forma clara e pessoal faz com que, mesmo as histórias mais desgastadas, tenham um tom diferente: o teu.
Roger Schank que, além de cientista cognitivo, também é empreendedor, resume muito bem tudo isso dizendo que: seres humanos não são moldados para entender a lógica, mas para entender histórias. É isso que faz a apresentação por Storytelling ser diferente: é como convidar os espectadores a participar da jornada junto contigo.
Além disso, Joni Galvão, ex-fundador da SOAP (State Of Art Presentation), considerada pela Endeavor Brasil uma das maiores agências especializadas em apresentações do país, fala aquilo que todo amigo queria poder te dizer, mas prefere manter a amizade: apresentações tradicionais são chatas. Muiiito chatas. E elas são chatas porque não contam histórias. Pessoas se interessam por filmes e leem livros porque são ferramentas para contar alguma coisa. Elas não se interessam por PowerPoint com dados básicos pessoais, trajetória acadêmica formal e frases clichês. Num e-Talk da Endeavor Brasil, Joni fala de 05 “viradas-de-chave” importantes:
Apresentações tradicionais são chatas porque elas não contam uma história.
- A linguagem visual (ou seja, o jeito que tu organiza a tua apresentação visualmente) é importante, já que as pessoas lembram mais daquilo que elas visualizam. (Dica do bem: vale lembrar que somos seres que também pensam por imagem, não somente por linguagem.)
- Pessoas lembram do que emociona. Ou seja: criar conexão emocional é uma baita jogada. (Mas, calma: criar conexão emocional não quer dizer que o espectador precisa chorar ou abraçar o coleguinha do lado de tanta emoção. Só quer dizer que ele precisa entender do que tu tá falando e se identificar com algum acontecimento, ideia, iniciativa, conflito, hobbie etc).
- Criar confiança é pré-requisito para adesão – o que quer dizer que, abrir espaço para simplesmente bater um papo com os espectadores, gera mais adesão do que subir no palco e apresentar um projeto de TCC.
- Por último, mas talvez a mais importante: ou a apresentação ou o apresentador. Reformulando: não precisa escrever na apresentação todo o texto que tu pretende – TAMBÉM – comunicar verbalmente. Separa em tópicos, imagens, linha cronológica, ícones… Tanto faz. O importante é dar bom, no final das contas, e não soar repetitivo ou cansativo.
No Pocket Learning “Storytelling – a linguagem dos líderes”, iniciativa da AfferoLab, que é uma empresa especializada em Aprendizagem Corporativa, eles falam sobre a forma como essa apresentação é construída, já que “a grande força do storytelling vem do seu efeito inspirador, que permite às pessoas interpretar a história a partir de suas próprias experiências”. Por isso, a apresentação deve ser pensada com os famosos “começo, meio e fim”:
NO COMEÇO, ISSO AQUI ERA TUDO MATO: tu vai trazer um mundo de coisas pra quem tá te assistindo. Então, quem são os personagens? Que cenários fazem parte da tua história? Quais ambientes são o pano de fundo disso tudo? E, principalmente, qual é o ponto de partida? (spoiler do bem: o ponto de partida, geralmente, pode puxar a real história a ser contatada… Ou seja, pode haver um conflito, uma dúvida, uma ideia genial que te fez ver o mundo de outra forma ou um acontecimento específico que te marcou).
OS MEIOS QUE JUSTIFICAM OS FINS: quais acontecimentos fizeram com que a história se desenrolasse? O que foi acontecendo no decorrer? (sim, spoiler de novo: aqui é legal aparecer o ponto mais alto da história que tu resolveu contar. É aqui que tudo pode ganhar forma: as dificuldades viram soluções bem pensadas, a longa caminhada vira desenvolvimento disso e daquilo, os meios (finalmente) viram fins e os frutos são colhidos).
THE END: o desfecho pode ser um grand finale – cheio de impacto – ou a reflexão calma e bem pensada de uma lição aprendida. Tanto faz. Mesmo. O importante é que tenha uma conclusão. Ninguém gosta do filme que termina sem um final. Quais são as conclusões que tu quer deixar pra quem assistiu?
Siga a máxima de Delfos: “conhece-te a ti mesmo”. Depois: encontra um conflito. Por último: procura histórias irmãs. Te alia a elas. Traça paralelos e conclui o que tu veio pra dizer.
A gente quer ouvir.
(FERRAMENTAS LEGAIS PARA DEIXAR A TUA APRESENTAÇÃO AINDA MAIS INTERATIVA: ferramenta de apresentação do Google, Canva, Prezi e o tradicional PowerPoint.)
Uma empresa feita de jovens para jovens. Feita de erros e acertos, e de uma vontade gigante de melhorar e desenvolver a relação das pessoas com o trabalho, com elas mesmas e suas carreiras. Acreditamos, acima de tudo, na força dos começos. <3
- Posted by Estagiar
- On 02/09/2019
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